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Biblioteca Aranguez

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014




Durante o mês de janeiro todas as turmas de 5º e 7º anos assistiram a uma apresentação pela técnica educativa do MAEDS sobre "A Romanização na região".
Tivemos acesso a uma exposição de ânforas e de painéis explicativos acerca deste assunto.








segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Dia de inverno, Dia de Reis





Dia de Reis


Hoje é Dia de Reis!
Leiam este livro escrito pela Sophia de Mello Breyner Andresen e ilustrado pela professora da EB 2,3 de Aranguez - Fátima Nunes.






Uma história diferente

O Quarto Rei Mago



Deserto adentro viajam os magos… montados nos seus camelos através da escuridão da noite.

— Vejam, estamos a ser guiados por aquela estrela! — exclamou o primeiro.
— Guiados ao encontro de um rei — concordou o segundo.
— O Rei do Céu e da Terra — acrescentou o terceiro.
Havia um outro homem que viajava com eles.
— Quem me dera ser tão sábio como os meus companheiros — disse para si próprio. — Ter-me-ia inteirado melhor sobre a razão da nossa viagem antes de termos partido.
— A minha prenda está escondida no alforge — murmurou o primeiro.
— A minha vem atada ao cinto — respondeu o segundo.
— E eu trago a minha cosida entre as pregas da túnica — acrescentou o terceiro.
O quarto homem olhou para eles com tristeza.
— Ainda não encontrei uma prenda digna daquele rei — lamentou-se. — Continuo à procura.
— A minha prenda é ouro, porque o rei é poderoso — declarou o primeiro.
— A minha é incenso, porque as orações do rei chegarão a Deus que está no Céu — anunciou o segundo.
— E a minha é mirra, porque o rei será muito famoso em vida mas sê-lo-á ainda mais após a morte — declarou o terceiro.
O quarto homem baixou os olhos.
— Eu nem sequer sei que prenda lhe hei-de dar — suspirou.
Os quatro homens continuaram o caminho pela noite fora, prosseguindo uma viagem que iria prolongar-se por muitos dias e muitas noites.
Por fim, a estrela que os conduzia ficou imóvel no céu nocturno, pairando sobre uma humilde habitação.
— Que lugar tão estranho para um rei — admirou-se o primeiro homem.
— A estrela mostra claramente que estamos no sítio certo — respondeu o segundo.
— Vamos então entrar e oferecer as nossas prendas — disse o terceiro.
O quarto homem ficou à espera do lado de fora.
— Posso ir buscar água para os camelos — disse para si próprio — já que não encontrei uma prenda digna do rei que está lá dentro.
Deslocou-se até ao poço e encheu um cântaro com água. Como era muito pesado, pousou-o no chão por um instante.
Foi então que descobriu uma coisa maravilhosa, e inclinou-se sobre o cântaro para a ver melhor.
— A estrela — disse ele. — A estrela que está no céu, está também no meu cântaro velho e gasto.
Ficou a olhar para ela maravilhado, durante um momento, e a seguir soltou uma sonora gargalhada.
— É isto que vou levar ao rei — disse — a luz do Céu reflectida na água do meu cântaro.
Milagrosamente, a estrela continuou a brilhar no cântaro, fazendo sorrir o Rei-Menino.
Lois Rock (org.)
Contos e Lendas da tradição cristã
Lisboa, Editorial Verbo, 2006

A origem do Bolo Rei

Não dá para falar em Festas de Fim de Ano, sem falar do famoso Bolo Rei, com a sua forma de coroa, suas frutas cristalizadas e frutos secos (amêndoas, nozes e pinhões), a fava e o brinde.
Este bolo está recheado  de simbologia, na tradição, pode-se  dizer que este doce representa os presentes oferecidos pelos Reis Magos ao Menino Jesus, na ocasião do seu nascimento. A casca (a parte exterior-dourada) simboliza o ouro; já as frutas secas e as cristalizadas representam a mirra; por fim, o incenso está representado no aroma do bolo.
No interior do bolo está escondida uma fava, conta uma lenda,  que trata-se da representação da história dos Reis Magos quando viram a Estrela de Belém que anunciava o nascimento de Cristo,  então disputaram entre si o direito de entregar a Jesus, os presentes que levavam. Como eles não conseguiam chegar a um acordo, um padeiro, para pôr fim à discussão, propôs fazer um bolo com uma fava no interior da massa, em seguida, cada um dos três magos do  Oriente pegaria numa fatia, o que tivesse a sorte de retirar a fatia que possuísse a fava, ganharia o direito de entregar os presentes a Jesus.
Não se sabe qual foi contemplado com a fatia premiada, pode ter sido qualquer um dos três, Baltasar, Belchior ou Gaspar. É claro que isto é só uma lenda, o Bolo Rei tem, na verdade, origens francesas (como veremos a seguir).
receita do Bolo Rei correu o mundo, muito contribuiu para isso a fama que o bolo ganhou de proporcionar prosperidade a quem comesse a fatia que possuísse a fava. Contudo, dita a tradição que quem receber a fatia com a fava, tem de oferecer o Bolo Rei no ano seguinte.
De Roma à França – Os romanos costumavam votar com favas, prática introduzida nos banquetes das Saturnais, durante as quais se procedia à eleição do Rei da Festa, também chamado Rei da fava. Diz-se que este costume teve origem num inocente jogo de crianças, muito frequente durante aquelas festas e que consistia em escolher o rei, tirando-o à sorte com favas.
 O jogo acabou por ser adatado pelos adultos, que passaram a utilizar as favas para votar nas assembleias.
Como aquele jogo infantil era característico do mês de Dezembro, a Igreja Romana passou a relacioná-lo com a Natividade e, depois, com a Epifania, ou seja, com os dias 25 de Dezembro e 6 de Janeiro (Dia de Reis).
A influência da Igreja na Idade Média determinou a criação do Dia de Reis, simbolizado por uma fava introduzida em um bolo, cuja receita se desconhece.
 De qualquer modo, a festa de Reis começou muito cedo a ser celebrada na corte dos reis de França.
O bolo-rei teria surgido no tempo de Luís XIV para as festas do Ano Novo e do dia de Reis. Vários escritores escrevem sobre ele, e Greuze celebrou-o num quadro, exatamente com o nome de Gâteau des Rois. Com a Revolução Francesa , em 1789, este bolo foi proibido. Só que os confeiteiros tinham ali um bom negócio, e em vez de o eliminarem, passaram a chamar-lhe Gâteau des sans-cullottes.
Em Portugal, depois da proclamação da República, não chegou a ser proibido, mas chegou perto. Com exceção desse mau período, a história do bolo-rei é uma história de sucesso, e hoje como ontem as confeitarias e pastelarias não poupam a esforços na sua promoção.
Em Portugal – Pelo que se sabe, a Confeitaria Nacional foi a primeira casa onde se vendeu, em Lisboa o bolo-rei foi, certamente depois de 1869. Aos poucos, a receita do bolo-rei se generalizou Outras confeitarias de Lisboa passaram a fabricá-lo, o que deu origem a versões diversas, que de comum tinham apenas a fava.
Assim, actualmente em Portugal,  o consumo de Bolo Rei é mais significativo entre finais de Novembro e o dia 6 de Janeiro. O gosto por este bolo, em Portugal (tanto pelos portugueses e cada vez mais imigrantes) faz com que ele seja vendido durante todo o ano, entretanto as vendas deste disparam durante a época acima assinala, até porque durante a época natalícia, o Bolo Rei não se limita a ser um bolo com um gosto agradável, ele é na verdade um verdadeiro símbolo desta época!
Não há dúvidas, que o bolo-rei veio de Paris. O “nosso” bolo-rei segue a receita utilizada a sul do Loire, um bolo em forma de coroa, feito de massa levedada (massa de pão). Acrescenta-se, de qualquer modo, que as várias receitas os bolos continham uma fava simbólica, que nem sempre era uma verdadeira fava, podendo ser um pequeno objecto de porcelana ou até mesmo uma jóia.
Hoje em dia, o bolo-rei inclui um brinde e uma fava. O brinde é um pequeno objecto metálico sem outro valor que não seja o de símbolo, e mesmo assim pouco evidente para a maioria das pessoas.
 A fava representa uma espécie de azar: quem ficar com ela tem que comprar outro bolo-rei. A caça ao brinde e o medo de pegar a fava, torna os convívios de fim de ano muito mais divertidos.

 in http://joiasdavida.com/2010/12/bolo-rei-historia/ acedido em 6 de janeiro de 2014

Tradições do Dia de Reis

  • No Natal, os cânticos são uma parte importante das celebrações.
    Em certas regiões (e países) existe um costume em que grupos de crianças cantam cânticos e canções de Natal de porta em porta, na esperança de que as pessoas ofereçam doces, chocolates, dinheiro, etc.

    Esses cânticos de Natal de rua têm nomes diferentes e ocorrem em dias diferentes conforme os países:
    - Na Grécia, no dia 24 de Dezembro, cantam-se asKalandas.
    - No Reino Unidos e nos Estados Unidos, no dia 26 de Dezembro cantam-se os Christmas Carols.

    Em Portugal cantam-se as Janeiras, a 6 de Janeiro, no Dia de Reis e, no mesmo dia, cantam-se em Espanha os Villancicos, geralmente acompanhados por pandeiretas e castanholas.

  • As Janeiras são uma tradição antiquíssima
    Formam-se grupos pequenos ou com dezenas de elementos que cantam e animam as localidades, indo de casa em casa ou colocando-se num local central (esta é uma versão mais recente), desejando de uma forma tradicional um bom ano a todos os presentes.

    Nos grupos de janeireiros, toca-se pandeireta, ferrinhos, tambor, acordeão e viola, por exemplo.

    Em muitas aldeias esta tradição mantém-se viva, especialmente no Norte de Portugal e nas Beiras:
    "Nesta altura juntam-se os amigos que vão cantar as janeiras a casa dos vizinhos. Antigamente recebiam filhoses, vinho e outros artigos que as pessoas possuíam" conta António Manuel Pereira, presidente da Federação de Ranchos Folclóricos da Beira Baixa.

    No entanto, cantar as Janeiras ainda se faz um pouco por todo o País.
    As pessoas visitadas eram (são) normalmente muito receptivas aos cantores e aos votos que vêm trazer, dando-lhes algo e desejando a todos um bom ano.

    Mas há sempre alguém mais carrancudo que não recebe bem os janeireiros, então, segundo uma recolha dos alunos da EB1 de Monte Carvalho, em Portalegre, às pessoas que abrem "bem" a porta canta-se assim:
      Esta casa é tão alta
      É forrada de papelão
      Aos senhores que cá moram
      Deus lhe dê a salvação.
    E aos que não abrem a porta canta-se uma canção a dizer que os janeireiros estão zangados, porque as pessoas não lhe abrem a porta. É assim:
      Esta casa é tão alta
      É forrada de madeira
      Aos senhores que cá moram
      Deus lhe dê uma caganeira.
    Estes alunos referem-nos também que no fim os janeireiros fazem um petisco: bebem vinho e comem os chouriços assados.

Dia de Reis

    Dia de Reis celebra-se a 6 de Janeiro.Assinala a data em que os três Reis Magos (Gaspar, Belchior - ou Melchior - e Baltasar) foram visitar a dar oferendas ao Menino Jesus.
    Deram-lhe ouro, incenso e mirra.

    Em alguns países, especialmente nos países hispânicos, é tradição dar as prendas (de Natal) às crianças neste dia.

    Em Portugal nesta altura cantam-se as Janeiras, come-se bolo-rei e as crianças representam a história dos Reis Magos.

Receita de Bolo Rei

Ingredientes

  • Manteiga130 gr
  • Açúcar130 gr
  • Farinha500 gr
  • Fermento15 gr
  • Ovo3
  • Leite2 dl
  • Vinho do Porto2 colheres de sopa
  • Aguardente velha2 colheres de sopa
  • Fruta cristalizada variadaq.b.
  • Amêndoaq.b.
  • Nozq.b.
  • Pinhãoq.b.

Preparação

Num pouco de leite frio dissolva o fermento e adicione a farinha. Junte todos os ingredientes, excepto as frutas cristalizadas e os frutos secos, e amasse bem. Quando a massa começar a fazer bolhas, sinal de estar bem batida, juntam-se as frutas cristalizadas e os frutos secos. Tende-se a massa em forma de rosca, colocando em recipiente com buraco no meio, depois de bem untado com manteiga. Deixa-se descansar durante umas horas. Pincela-se com gema de ovo e colocam-se mais algumas frutas cristalizadas por cima. Coze-se em forno médio até ficar dourado.